Técnicas - Estúdios Vitrama
fabrico de vitral artístico em Portugal usando técnicas ecológicas sem chumbo
vitral, arte, artesanato, decoração
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Técnicas de vitral

 

 

 

Pintura (Falso Vitral)

Feita como na pintura em tela, sendo esta substituída por vidro e usadas tintas translúcidas adequadas. É o “parente pobre” do vitral, em virtude da pequena longevidade do produto, que é facilmente afectado pelas radiações solares, pela oxidação do ar e pela humidade. Encontra-se geralmente em feiras de artesanato e em escolas para amadores de decoração e lavores e o seu preço é geralmente bastante acessível.

 

 

 

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Técnica que tira partido de tecnologias avançadas e tem cada vez mais vindo a merecer a atenção das novas gerações de vitralistas.

É usado um vidro-base que pode ser martelado, duplo, laminado, temperado, etc. A espessura dessa base é aumentada pela criação de uma camada (layer) que contém as pistas em relevo e as áreas coloridas, segundo um laborioso processo artesanal que a fixa ao vidro a nível molecular.

O vitral assim obtido é leve e robusto, apresentando importantes vantagens em relação aos sistemas tradicionais, pelo que foi esta a tecnologia seleccionada para uso nos Estúdios Vitrama.
As cores, límpidas e brilhantes, são extremamente estáveis e resistentes à oxidação e ás radiações solares UV e IV, conforme estudos feitos por laboratórios internacionais independentes.
A estanquidade (ar e agua) é de 100%, é de muito fácil instalação (semelhante ao vidro normal) e os custos de manutenção são nulos. Preço razoável.
O acabamento superficial é muito agradável à vista e ao tacto e pode ser feito de modo ao desenho ser visível dos dois lados, o que é impossível com qualquer das outras técnicas.

Tem ainda a vantagem de não usar produtos venenosos (chumbo e outros), fator importante em áreas frequentadas por seres vivos, nem materiais extraídos por mineração ou fabricados com alta produção de óxidos de carbono . 

NB: Devido ao êxito dos estúdios Vitrama com esta tecnologia, tem aparecido no mercado Português imitações mais ou menos perfeitas, que porém não suportam muita radiação UV nem IV, amarelecendo ou descolando em poucos anos.

 

 

 

 

Chumbo

Foi talvez das últimas, mas como todas as técnicas medievais, acabou por ser substituída com vantagem por métodos e materiais mais seguros e eficientes.
Consistia na junção de vidros usando varetas de ligas de chumbo com perfil em forma de H ou U, devidamente soldadas e ancoradas.

A coloração era obtida pela adição de impurezas aquando da fusão do vidro, e/ou por técnicas de grisalha, sendo o vidro pintado e o desenho fixado por processos térmicos herméticos, que tornavam o vidro frágil e quebradiço (alguns desses materiais já foram proibidos por representarem perigo ecológico).

 

O produto final era pesado, frágil, com problemas de estanquidade ao ar e à água, de montagem complicada, e manutenção muito dispendiosa. Tendência para auto-deformação, criação de folgas (por dilatações com a temperatura e vibrações sub-sónicas) e alguma corrosão.

– Problemas ambientais e de saúde, devido à utilização de chumbo e outros metais pesados, com alto risco de problemas legais para os responsáveis pela escolha.
– Produto tóxico e ilegal, porém ainda comercializado por falta de fiscalização, mas em vias de extinção.
– Preço caro, devido ao elevado custo dos materiais e mão-de-obra intensiva.
– Boa estabilidade da cor, acabamento agradável à vista.

Algumas das desvantagens são por vezes disfarçadas metendo o vitral numa “sandwich” de vidro. Isso dá uma ar espelhado e destrói a sua beleza, mantendo-se a ilegalidade e o risco tóxico. É provável após alguns anos o chumbo estirar, ganhar as folgas, e partir os vidros da sandwich.
Veja aqui: perigos do vitral em chumbo

 

 

 

Folha de Cobre

Técnica em que as arestas das peças em vidro são “embrulhadas” numa fita de cobre, sendo depois estanhadas e soldadas entre si. A coloração é obtida como na técnica do chumbo.

Inadequada para áreas grandes, mas tem a vantagem de permitir a montagem em 3 dimensões: caixas, candeeiros, etc.

 

Pode apresentar corrosão galvânica (correntes electrolíticas na presença de 2 metais), dilatação não-uniforme, e alguns problemas de estanquidade e de estrutura.

Problemas ambientais, legais e de saúde, devido à utilização de chumbo nas ligas de solda. Veja aqui: perigos do vitral em chumbo

Bom efeito estético, se bem executado.
Variantes: usando outro metal ou liga.

 

 

 

Foscagem

Sendo acromático, não se trata de vitral, com o qual algumas pessoas confundem (e por isso aqui incluído).

O vidro é mascarado e sujeito a ataque ácido, que fosca as áreas expostas. Outra técnica mais eficaz usa um jacto de areia de esmeril para cavar o desenho no vidro (que portanto tem de ser mais grosso).

Estanquidade perfeita, e fácil instalação. Fraco efeito estético, muito dependente da restante decoração. Leitura difícil, exigindo iluminação lateral. Problemas de limpeza (incrustração de pó).  Preço baixo.